domingo, 30 de setembro de 2012

HINOS NACIONAIS (2) (Parte 2ª/2)

(Continuação da postagem anterior.)

                Considerando-se que este “nascimento”, de fato, aconteceu com a vinda de Dom João VI e a realeza portuguesa para o Brasil. Pois, foi a partir daí, com a abertura dos portos e da indústria brasileira, em 28/01/1808, quatro dias após a chegada da comitiva portuguesa quando ele era ainda o Príncipe-regente Dom João Maria de Bragança; com a inauguração do primeiro Banco do Brasil, em 12/l0/1808; instalação de tribunais; criação de escolas e outras benfeitorias por ele feitas, que o Brasil nasceu “realmente” como nação, munido dos elementos físicos (geográficos), jurídicos, políticos, sociais, legais e econômicos essenciais para sua sobrevivência e desenvolvimento autônomos.

 Dois anos depois da morte de sua mãe, D. Maria I, em 1816, Dom João foi coroado soberano do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve. Com o retorno da família real a Portugal, em abril de 1821, ficou o filho D. Pedro no Brasil como príncipe-regente.

 Quando D. Pedro I, em 07/09/1822, com as conhecidas palavras “Independência ou Morte”, proclamou o rompimento dos laços políticos com o governo lusitano, o País já era praticamente soberano. Pois Portugal, naquela ocasião, não tinha forças para retomar o jugo sobre o Brasil depois da invasão do país de Camões pelas tropas francesas comandadas por Junot, e se viu compelido a aceitar os fatos.

 O nosso hino é considerado por muita gente como muito extenso e de difícil memorização e entendimento, podendo sofrer modificações no seu tamanho. Poderia ter, ao invés de duas, apenas uma parte, eliminando-se também o primeiro refrão.

 Há, sobre a criação do nosso hino, dois fatos curiosos: a música foi composta em 1822, bem antes da letra, por Francisco Manuel da Silva (1795 – 1865), sem intenção de servir de hino. A letra é de autoria de Joaquim Osório Duque Estrada  (1870 – 1927).

 A outra curiosidade é que aqui aconteceu um fato raro na literatura específica, nas partes do hino que dizem:

 “Nossos bosques têm mais vida,”

“Nossa vida” no teu seio “mais amores.”

 As frases entre aspas, dos versos acima, foram tomadas emprestadas do poema “Canção do exílio”, obra-prima de Gonçalves Dias, escrita em 1843.

 Paz no futuro e glória no passado.”

 Este verso também está entre aspas. Na verdade, o verso faz parte do texto do Hino Nacional original brasileiro, e a estrofe em que aparece é a seguinte:

 Seja de amor eterno symbolo / O pavilhão que ostentas estrelado / E diga o verde-louro dessa flammula: /  Paz no futuro e glória no passado! ...

 Muitos intelectuais brasileiros entendem que a mudança de palavras nos versos do nosso hino pode e deve ser feita, como aconteceu com a palavra “pavilhão”, da estrofe acima, que foi substituída por “lábaro”. Compete ao Congresso Nacional a decisão de fazer a mudança que não é incomum através de decreto-lei sancionado pelo Presidente da República.

 O Brasil merece um nascimento realmente majestoso!

 

* Este texto foi escrito apoiado em informações do saite www.wikipédia.com

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